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Crise. Misericórdia receia pelo bem-estar dos que saem dos lares
Porém, Manuel Lemos recusa-se a dar número de casos ou mesmo lares onde essas situações se tenham verificado. Apenas adianta que se trata sobretudo de idosos de lares localizadas na periferia dos grandes centros urbanos.
Contudo, o DN apurou junto de outra fonte da Misericórdia que já existem mais de 20 casos. Um deles aconteceu no Vimieiro há cerca de seis meses.
Sem competência para impedir que estas situações aconteçam - "porque a família é soberana" - , a Misericórdia limita-se a alertar para o facto e manifestar o seu receio pela forma como os idosos possam estar a ser tratados. "Porque segundo as informações de que dispomos não foram retirados do lar porque a família tivesse mais condições para os acolher mas sim por razões financeiros". Para já, Manuel Lemos promete que a instituição "vai estar atenta. E se nos próximos meses a situação se agravar teremos de falar com os Serviços da Segurança Social, para que estes intervenham".
No entanto, espera que até lá "haja uma reflexão sobre estes novos fenómenos", afirmou, defendendo que é nestas alturas de crise económica que o Estado deve estar mais atento às instituições da economia social, com mais problemas do que é normal. E alerta: "mais importante do que uma política de distribuição de dinheiro aos idosos é a de prestação de serviços à terceira idade. Porque hoje há pessoas que vêm para os lares não só porque estão numa situação de dependência física, mas pela solidão ou até por questões de segurança", sublinha Manuel Lemos. A Misericórdia continua a ter listas de espera para os seus lares.
A legislação em vigor prevê que as instituições de acolhimento possam reter até 85% do valor total da reforma da pessoa acolhida. A esta verba a segurança social acrescenta mais 388,51 euros por cada utente. Para o idoso fica 15% do valor da reforma, que algumas vezes é "guardada" pela família, revelam entretanto fontes da instituição.
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Pois é, a crise chega a todo o lado, os ordenados é que não!!!! Espero que primeiro , pensem no bem estar das vítimas desta situação e na razão pela qual as deixaram inicialmente na Misericórdia. Pos se não tinham tempo ou condições para tomar conta deles, será que agora têm?
Paisagemviva